O Que Está Acontecendo?
No último dia 7 de abril, as aulas no campus sede da UEM foram suspensas devido à falta de energia elétrica causada por problemas na subestação do campus. Segundo informações divulgadas pela própria universidade, o sistema atual já vinha apresentando falhas recorrentes e exigia substituição urgente.
Como Isso Impacta a Comunidade Acadêmica?
As quedas de energia têm causado prejuízos que vão além da suspensão de aulas. Entre os impactos mais graves estão o prejuízo acadêmico devido a perda de dias letivos, os danos materiais que são resultado da queima de equipamentos como projetores, ar-condicionado das salas de aulas e laboratórios, a interrupção de pesquisas científicas causados também por essa queima de equipamentos laboratoriais caros que comprometem anos de avanços científicos e o próprio desconforto para estudantes e funcionários que afetam o desempenho das atividades diárias
Esforços da UEM e Limitações
Embora a UEM tenha anunciado investimentos significativos em infraestrutura energética, como a compra de novos geradores e transformadores , os problemas persistem. A previsão para normalização completa do sistema é apenas para maio, deixando a comunidade acadêmica vulnerável até lá.
Além disso, são muitas as críticas sobre a demora na execução das obras e falta de planejamento estratégico para evitar situações emergenciais como as recentes quedas. A universidade precisa adotar uma postura mais proativa para garantir que sua infraestrutura esteja à altura das demandas acadêmicas.
Há muito o que melhorar….
As quedas de energia elétrica na Universidade Estadual de Maringá (UEM) têm gerado grande preocupação, mas também revelam pontos fortes e críticos na gestão da infraestrutura da instituição. Entre os pontos positivos, destaca-se o investimento de R$ 1,3 milhão na revitalização da subestação elétrica, que inclui a aquisição de novos transformadores e a modernização do sistema. Essa iniciativa demonstra o comprometimento da UEM em solucionar o problema e garantir a continuidade das atividades acadêmicas e administrativas. Além disso, a universidade adotou medidas emergenciais, como o aluguel de transformadores e manutenções corretivas, para mitigar os impactos imediatos das quedas de energia. A postura transparente da instituição ao reconhecer publicamente as falhas no sistema elétrico e apresentar um plano de ação também é um ponto positivo, pois reforça a confiança da comunidade acadêmica e da sociedade em geral.
No entanto, os desafios enfrentados pela UEM também evidenciam pontos críticos que precisam ser abordados com urgência. A demora na solução definitiva do problema é um dos principais fatores de preocupação, já que a previsão para normalização completa do sistema elétrico é apenas para maio deste ano. Essa demora deixa estudantes, professores e funcionários vulneráveis por meses, prejudicando aulas, pesquisas e atividades administrativas. Além disso, as quedas constantes têm causado impactos graves no ambiente universitário, como a queima de equipamentos caros em laboratórios, interrupção de pesquisas científicas e perda de dias letivos, comprometendo o calendário acadêmico.
Outro ponto crítico é a falta de planejamento preventivo. As falhas recorrentes no sistema elétrico revelam que medidas estratégicas para evitar problemas estruturais não foram tomadas no passado. A dependência excessiva de soluções paliativas, como o aluguel temporário de transformadores, expõe ainda mais a fragilidade da infraestrutura energética da universidade. Esses problemas também afetam a imagem institucional da UEM, que é uma das universidades públicas mais respeitadas do Paraná. A falta de uma solução rápida pode gerar desconfiança na comunidade acadêmica e na sociedade em geral.
Embora os esforços financeiros sejam louváveis, eles não eliminam os prejuízos acumulados pela comunidade universitária. A UEM precisa adotar uma abordagem mais proativa e investir em tecnologias modernas que garantam uma infraestrutura energética confiável e sustentável. Planejamento estratégico robusto é essencial para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro. Afinal, uma universidade pública deve ser um exemplo de gestão eficiente — tanto para seus alunos quanto para toda a sociedade que dela depende direta ou indiretamente.

Como ex-aluno da UEM e conhecedor do impacto positivo que essa instituição tem na vida dos maringaenses e paranaenses, acredito que é papel dos gestores públicos priorizar soluções estratégicas para evitar prejuízos à educação superior — um dos pilares do desenvolvimento social e econômico do nosso estado. O governo estadual tem sido parceiro importante ao destinar recursos para melhorias na infraestrutura universitária, demonstrando compromisso com o fortalecimento das instituições públicas de ensino superior. No entanto, é essencial que esse apoio seja contínuo e alinhado às necessidades emergenciais da universidade. A UEM merece mais respeito e atenção às suas demandas estruturais para continuar sendo referência em ensino, pesquisa e extensão.