Quem anda pelo Terminal Urbano de Maringá nesta semana percebe o clima de esperança e oportunidade no ar. Não é exagero dizer que a Feira de Empregabilidade do UniCV virou ponto de encontro para quem busca uma nova chance no mercado de trabalho ou sonha em dar o próximo passo na carreira. Com 32 empresas presentes e cerca de 2 mil vagas ofertadas, o evento é um marco para a cidade e mostra, na prática, como políticas públicas e parcerias podem transformar vidas.
O que é a Feira de Empregabilidade do UniCV?
A Feira de Empregabilidade, promovida pelo Centro Universitário Cidade Verde (UniCV), acontece nos dias 28 e 29 de abril, das 17h às 20h, no piso superior do Terminal Urbano de Maringá. A entrada é gratuita e aberta a toda a comunidade. O objetivo é aproximar candidatos do mercado de trabalho, facilitando o contato direto com recrutadores e a entrega de currículos, além de realizar entrevistas prévias e orientar sobre as vagas disponíveis.
As oportunidades abrangem funções operacionais, técnicas, gerenciais e estágios, incluindo vagas para pessoas com deficiência (PcD). O painel de vagas, organizado por setor, facilita a busca e a escolha dos candidatos, tornando o processo mais transparente e eficiente.
Maringá: Referência em Geração de Empregos
Maringá encerrou 2024 com saldo positivo de 4.629 vagas formais, resultado de 107.391 admissões e 102.762 desligamentos, um crescimento de 2,87% no estoque de empregos formais, que chegou a 166.004 vínculos ativos. Esses números colocam Maringá entre as cidades líderes em geração de empregos no Paraná, atrás apenas de grandes polos como Curitiba e Londrina.
Segundo o secretário municipal de Trabalho, Renda e Agricultura Familiar, Rogério Bernardo, o maior desafio é preencher as vagas abertas, já que a cidade oferece oportunidades em diferentes setores – de tecnologia e saúde a comércio e indústria -, mas ainda enfrenta a escassez de mão de obra qualificada. A Feira do UniCV é uma resposta a esse desafio, conectando empresas e talentos locais, com apoio da Prefeitura de Maringá e da Agência do Trabalhador.
Inclusão, diversidade e qualificação: pontos fortes do evento
A Feira de Empregabilidade se destaca pelo compromisso com a inclusão, oferecendo vagas para PcDs e promovendo a diversidade no mercado de trabalho. Jovens, profissionais em transição de carreira e pessoas em busca do primeiro emprego encontram orientação e oportunidades alinhadas ao perfil da cidade, que é reconhecida por sua qualidade de vida, educação e ambiente favorável aos negócios.
Além das vagas, a feira incentiva a qualificação profissional e o networking, aproximando empresas de diferentes setores e promovendo o desenvolvimento sustentável da economia local. A presença de empresas renomadas e a variedade de funções disponíveis mostram a força do setor produtivo maringaense, que segue inovando e investindo em capital humano.
Desafios e oportunidades: o que ainda precisa avançar
Apesar dos avanços, o preenchimento rápido das vagas permanece um desafio, especialmente em áreas técnicas e especializadas. Empresas relatam dificuldade em encontrar candidatos qualificados, enquanto muitos trabalhadores buscam recolocação ou melhores condições de trabalho. A solução passa por políticas públicas integradas de educação, capacitação e incentivo à permanência de talentos na cidade.
A experiência de outras capitais, como São Paulo e Salvador, mostra que feiras de emprego são ferramentas poderosas para aproximar empresas e trabalhadores, mas precisam ser acompanhadas de programas contínuos de formação e orientação profissional. Maringá já avançou muito, mas pode ir além, investindo em parcerias com universidades, entidades de classe e setor produtivo para ampliar a oferta de cursos e treinamentos.
Nas redes sociais e nos grupos de opinião em Maringá, a Feira do UniCV foi elogiada pela organização, inclusão e quantidade de vagas, mas também surgiram cobranças por mais oportunidades para trabalhadores acima de 40 anos, maior divulgação das vagas e ampliação do horário do evento. O consenso é que a iniciativa é positiva, mas precisa ser constante e integrada a outras ações de desenvolvimento econômico.